dezembro 26, 2004

O Espírito Natalício

E é precisamente um mês e um dia depois que volto a partilhar-me neste blog.
Um mês e um dia foi o tempo que demorei a libertar-me da entidade mais pérfida, maliciosa e calculista que conheci até hoje: o Espírito Natalício. Esse grande cabrão, que neste último mês me violentou o corpo e o espírito, fazendo-me passar tardes inteiras em grandes superfícies comerciais à procura de tudo e de nada, que me obrigou a passar noites em claro a pensar em prendas (essas putas), que me chupou monetariamente até ao tutano e me forçou a fazer manualmente aquilo que a sua mente distorcida idealizou e não consegui encontrar nas lojas. Não satisfeito, o sacana enfiou-me num carro e levou-me mesmo até à fronteira com Espanha, obrigando-me a passar o Natal numa terreola perdida e a comer, beber e enregelar até não poder mais. Valeu-me tê-lo envenado com gás flatulento venenoso, provocado pela minha dieta forçada à base de enchidos, filhós, queijo da serra, couves e tinto caseiro.

É melhor teres cuidado, Ano Novo...

Sem comentários: